Escrevo porque encontro nisso
um prazer que não consigo traduzir.
Não sou pretenciosa.
Escrevo para mim, para que eu sinta
a minha alma falando e cantando,
às vezes chorando.
[Clarice Lispector]

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Não sabia que eles levariam procurando uma coisa assim por toda a sua vida.

Círculos são viciantes. A vontade de nunca sair do caminho ocupa todos o lugares que não deveriam nem existir. Esperança, espera, medo... talvez um pouco de amor. É quase impossível que seja. É que no neutro do amor está uma alegria contínua, como um barulho de folhas ao vento, como um gota de chuva deslizando por um corpo. Assim como o fluxo de sentidos que vem e vão, mas nunca se perpetuam para longe. Sempre voltam. Que um dia fique, é meu desejo. Porque ficarei, ficarei nesse circulo até que me tirem a força. Empurrem-me. Mesmo assim parte de mim fará continuidade aquela espera. E que seja algo. E que possa assim trazer com a definição, algo que mais temo. Que por sinal, pouparei de lhe dizer.

[Carolina Assis]

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