Escrevo porque encontro nisso
um prazer que não consigo traduzir.
Não sou pretenciosa.
Escrevo para mim, para que eu sinta
a minha alma falando e cantando,
às vezes chorando.
[Clarice Lispector]

quarta-feira, 27 de julho de 2011

E de repente a vida te vira do avesso… E você descobre que o avesso é o seu lado certo.

Quando você passa muito tempo vendo cada individuo a sua volta sofrer por algo que o mundo julga ser a coisa mais linda da vida, nasce em você aquele receio de que se entregar para valer, é apenas se juntar a todas elas. Nunca me juntei. Confesso meu interesse por esse assunto ser maior do que os dos outros, e muitas vezes julguei amar alguém, por ser fascinada pelo que eu sentia ou até mesmo pelo causador disso tudo. A realidade é que em todas essa ocasiões eu saio por ai amando o meu amor e não a pessoa. A prova disso é que quando o alguém ia embora eu deixava e ficava toda feliz por poder sentir essa coisa gostosa que me fazia ter inspiração para escrever, ou sair por ai dizendo que eu sabia algo sobre esse negócio de amar. Isso explica o motivo da minha ausência nessas caixas em brancos, que antes possuíam algum encanto para mim, e para para o esvaziar de toda essa lotação de vazios. Convenhamos que meu otimismo se estabeleceu em cada palavra que aqui escrevi, da mesma forma que minha paixão por ele. Mas hoje, confesso minha escassa vontade correr atrás de mim mesma para sentir aquela borboletas no meu interior. Agora há apenas lagartas passeando, e eu ando muito ocupada para alimenta-las.
[Carolina Assis]

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