Escrevo porque encontro nisso
um prazer que não consigo traduzir.
Não sou pretenciosa.
Escrevo para mim, para que eu sinta
a minha alma falando e cantando,
às vezes chorando.
[Clarice Lispector]

domingo, 14 de novembro de 2010

Não esqueça que até o que acaba não tem fim...

Fica mais fácil acreditar nas coisas quando elas não existem mais.
No meu caso, nunca existiram.
Passei meses lutando contra a realidade, para acreditar no que me fazia bem.
Era ilusão.
Não daquelas acompanhadas de decepções. Estas nunca vieram.
Acordei antes.
Sempre acordo antes.
Aprendi acordar antes por costumes, por odiar finais.
Até mesmo os felizes.
Era uma final de qualquer maneira. Acabava.
Com felicidade ou não. Tinha um fim. Um ponto final.
Por isso luto contra esse tipo de pontuação,
e adoto as reticencias como companheiras.
Valorizo o meio feliz, um começo inesquecivel,
e o que vim depois, eu deixo para ele. Para o depois.
Afinal, depois que se acorda, é quase impossivel voltar para o mesmo sonho.
E assim termina. Sem final.
Apenas reticencias...

[Carolina Assis]

Nenhum comentário:

Postar um comentário