Escrevo porque encontro nisso
um prazer que não consigo traduzir.
Não sou pretenciosa.
Escrevo para mim, para que eu sinta
a minha alma falando e cantando,
às vezes chorando.
[Clarice Lispector]

domingo, 14 de novembro de 2010

O mundo pode continuar feio que eu vou continuar sentindo coisas bonitas.

Respiro porque gosto de me sentir viva.
Alguns respiram apenas para manter sobrevivencia.
Respiro profundamente para poder acalmar algumas vontades violentas.
Outros para avisar que estão enraivecidos.
Respiro porque há em mim desejo de pureza.
Outros porque não podem não o fazer.
Respiro porque gosto do ato em si e da vivência. Porque posso atribuir ao meu ato involuntário uma vontade de vida a minha existência.
Existência que pode ou não ser necessária a todos. Acredito que não seja. Por isso vivo para mim. Posso viver a cada dia me arrumando para que eu goste do resultado, me tornando algo em que eu me admire.
Posso olhar para frente e ver meu caminho, caminho este que muitos podem ter traçado, ou posso olhar para dentro e criar meu propio.
Não me importo em sorrir sozinha quando não há ninguém sorrindo para mim. Eu estou. Gosto de sorrir para o céu, sempre acredito que há muitas coisas lá reservadas para mim para que eu possa sorrir.
Admiro minha alegria e desejo de mim mesma. Possuo fome insaciável de me ver realizada. E acredito que nunca poderei satisfazer-la.
E se quer saber, prefiro assim.

- Egoismo?
- Não, amor propio.
Cara sarcastica dele. Sorriso meu.

[Carolina Assis]

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