Escrevo porque encontro nisso
um prazer que não consigo traduzir.
Não sou pretenciosa.
Escrevo para mim, para que eu sinta
a minha alma falando e cantando,
às vezes chorando.
[Clarice Lispector]

sábado, 20 de novembro de 2010

Seria assim, mesmo se eu pudesse escolher.

Alguns julgam loucura. Outros força. Já ouvi até o termo masoquismo. Mas nenhum deles podem entender. Porque nenhum deles conhecem você sorrindo, se conhecessem, sei que suportariam qualquer como. Nenhum deles sabem que tudo isso me fez aprender a ser feliz sem você, ser independente e ao mesmo tempo necessitada da sua presença constante, de sua amizade extensa, de sua cumplicidade sem limites. Nenhum deles sabe o que é ter alguém a todo momento, e o telefone tocando a cada intervalo de hora, ter os espaços do dia preenchido por alguém, ter os tédios invadidos por sorrisos compartilhados. Ninguém sabe como é precisar, ligar e ter. Nenhum deles entenderia porque sou eu que entro em desespero por algo na minha vida vida, te procuro, e em meia hora você esta me fazendo sorrir para me animar, você pega no meu braço e me balança para que eu te de atenção, para que eu te ouça e sorria. Eu sempre sorrio. Passo dias e noites tendo você a todo momento, ouvindo sobre todas que você tem quando não esta comigo, nos poucos minutos que não me tem. Contudo sou capaz de soltar insultos a você, quando gasta parte de seus créditos com outra pessoa, e para ser sinceramente alegre, não lembro me da ultima vez que fez isso. Suporto tudo isso, porque parte de mim deseja que seja sempre sim, e a outra te tem, então ambas se completam. Suporto porque já te perdi algumas vezes, e em todas elas nos falamos o dia todo. Suporto porque o amo, como parte de mim, porque você se foi e sempre ficou, porque mesmo que um dia você se vá verdadeiramente, eu não irei.

[Carolina Assis]

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